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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Tom and Jerry - Fatos curiosos desde a sua primeira aparição até o filme de 2021


 O novo filme do Tom & Jerry já estreou no país de origem. Para acompanhar esta nova entrega, selecionamos algumas curiosidades sobre a dupla, desde a sua criação da dupla até esta nova entrega.

Tom & Jerry foram criados por William Hanna e Joseph Barbera, dois animadores que foram responsáveis pela fundação da Hanna-Barbera que mais tarde também seria responsável por desenhos animados como Scooby-Doo, The Flintstones, The Jetsons, entre outros.  Contudo, os dois animadores não criaram os personagens dentro da marca Hanna-Barbera, pois esta ainda não existia. Os personagens foram criados para a MGM, em formato de curtas-metragens exibidas antes das longas-metragens.

A primeira curta-metragem do Tom & Jerry foi lançada em 1940, entitulado Puss Gets the Boot, foi exibido antes de um filme. Foi aclamado e nomeado para o óscar de melhor curta-metragem de animação, embora tenha perdido para a curta The Milky Way, curiosamente também protagonizada por gatos.

Em algumas das curtas da série Tom & Jerry, Tom era quadrúpede e realmente fazia lembrar um gato normal, enquanto Jerry tinha um design semelhante, tendo mudado muito pouco ao longo das décadas.

Na primeira curta de Tom & Jerry, os nomes dos personagens não era os que se conhecem os. Tom & Jerry chamavam-se respetivamente, Jasper & Jinx. No entanto, o nome não era usado na curta, era um nome de produção, e acabou por ser mudado após a equipa de produção perceber que não era muito adequado.

Depois de algumas curtas, a equipa decidiu mudar o nome dos personagens para e dar um nome mais chamativo. Foi então criado dentro da MGM um concurso para decidir o nome da dupla. Várias pessoas sugeriram e a pessoa vencedora que sugeriu o nome que se conhece hoje recebeu como recompense um cheque de cinquenta dólares. 

Depois de vários anos a protagonizar curtas-metragens, a dupla ganhou o seu próprio filme, Tom & Jerry: O Filme, lançado em 1992, que acabou por ser um fracasso financeiro e não agradou tanto os fãs. Depois, nos anos 2000, foi lançado em DVD o filme Tom & Jerry e o Anel Mágico e desde então foram lançados mais de treze filmes em DVD protagonizados pela dupla.

Originalmente programado para estrear em 2020, Tom & Jerry (2021) é a primeira longa-metragem lançado nos cinemas desde 1992 com a participação da dupla e também o seu primeiro filme live-action solo. Contudo, a dupla já participou num filme com atores reais anteriormente. A primeira participação da dupla em live-action foi no filme Paixão de Marinheiro, lançado pela MGM, em 1945. O filme é protagonizado por Frank Sinatra e Gene Kelly. Numa cena, Gene Kelly conhece Jerry que faz um papel de um rei e o Tom do seu mordomo. Esta cena tornou-se clássica, onde Gene Kelly dança com Jerry. Contudo, originalmente Mickey Mouse era para estar no lugar de Jerry, contudo Walt Disney não deu autorização para o uso do personagem e a MGM acabou por decidir usar o seu próprio rato. 


Com o passar do tempo, a MGM considerou não muito lucrativo a produção de curtas-metragens exibidas antes de longas-metragens, acabando por nos anos 50 encerrar o estúdio, demitir um número grande de funcionários e sobretudo, terminar a tradição de exibir curtas antes dos filmes. Foi com esta decisão com William Hanna e Joseph Barbera fundaram o estúdio Hanna-Barbera, produzindo assim vários desenhos animados clássicos.

Fonte: Cineloucura Show.


sábado, 27 de fevereiro de 2021

Flora & Ulysses - Heróis ao meu gosto

 

As Aventuras de Flora & Ulysses é um filme original do Disney+, baseado no livro vencedor do prémio Newbwery. Conta a história de Flora, uma rapariga de dez anos apreciadora de banda desenhada, cujos pais se separaram recentemente,  que se torna amiga de um esquilo com super poderes.

O que tenho a dizer sobre este filme?

O que posso dizer é que é um dos poucos filmes de super-heróis que conseguem agradar a um apreciador de banda desenhada franco-belga como eu e que é um filme que aborda temas sensíveis de se estudar, sendo esta a minha recomendação para a vossa quarentena.

Vozes portuguesas: Beatriz Frazão (Flora); Diana Nicolau (Phyllis); Gonçalo Carvalho (George); Paula Fonseca (Dra. Meescham); João Duarte Costa (Miller); Rodrigo Santos (William).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

FormigaZ x Uma Vida de Inseto - qual a cópia?

 

FormigaZ da Dreamworks e Uma Vida de Inseto da Pixar são dois filmes sobre formigas lançados no ano de 1998. Ambos os filmes apresentam um protagonista diferente dos restantes personagens. 

FormigaZ, lançado no dia 2 de outubro de 1998, apresenta-nos uma Z, uma formiga operária que com o objetivo de ajudar a colónia. Contudo é uma formiga diferente. O personagem questiona sobre ir contra o sistema, sobre o que é certo ou não, sobre ser livre. Ele então se apaixona pela Princesa Bala e a leva para fora do formigueiro. 

Já em vida de Inseto, lançado no dia 25 de novembro de 1998. É protagonizado por Flik, um inventor que tenta facilitar o trabalho do formigueiro. De tanto sofrerem tanta opressão por parte dos gafanhotos, Flik parte à procura de outros insetos, para poder dar-lhes uma lição. 

Vamos então explicar o que aconteceu com estas duas empresas de animação:

Para sabermos o que aconteceu, vamos então conhecer um senhor chamado Jeffrey Katzenberg. Este homem tornou-se chefe executivo dos estúdios da Disney em 1984. Foi executivo de filmes renascentistas da Disney como A Pequena Sereia, A Bela e o Monstro, Aladdin, entre outros. Foi responsável por tirar a Disney da falência da década anterior. 

Contudo, 1994, após a morte de Frank Wells, ex-presidente da Walt Disney Company, Katzenberg foi demitido do cargo. Jeffrey até propôs a compra da Pixar, que era apenas distribuída pela Disney, mas sem sucesso. Então, Katzenberg funda o seu próprio estúdio, Dreamworks SKG, juntamente com Steven Spielberg e David Geffen.

Uma vez que Jeffrey Katzenberg tinha sido presidente da Disney, ele sabia dos futuros projetos da empresa. Ele sabia que a Pixar estava a trabalhar num filme sobre formigas desde 1988. Então, Katzenberg produziu o seu próprio filme sobre formigas. O próprio John Lasseter, realizador do filme Uma Vida de Inseto, tinha lhe contado a história do filme.

Como foi a questão do lançamento?

Em 1996, a Dreamworks estava a produzir uma animação chamada O Príncipe do Egipto, originalmente programa para ser a sua primeira animação, lançada em 1998. No entanto, Jeffrey Katzenberg sabia que se quisesse entrar no mercado de animações, tinha que começar com uma animação em 3D, como a Pixar. 

Steve Jobs, que teve um papel importante na criação da Pixar, contactou Jeffrey Katzenberg, como seria de esperar, ao saber desta situação, a pedir a Jeffrey Katzenberg que não lançasse o filme na mesma altura que o filme da Pixar. Katzenberg disse que poderia adiar o lançamento do filme FormigaZ se a Disney pudesse adiar o lançamento do seu filme daquele ano. Contudo, Steve Jobs respondeu que tal ação não seria possível. 

Jeffrey Katzenberg continuou a produção do seu filme e acabou por lançá-lo então no ano de 1998. FormigaZ acabou por ser um moderado sucesso. Num orçamento de sessenta milhões de dólares, arrecadou no total 171,8 milhões de dólares. Já Uma Vida de Inseto, num orçamento de quarenta e cinco milhões de dólares, quase metade do orçamento do filme gémeo, faturou mais de 360 milhões de dólares. 

Depois destes lançamentos, Jeffrey Katzenberg continuou presente na Dreamworks, sendo responsável por sucessos como Shrek, O Panda do Kung Fu e Como Treinares o Teu Dragão. 

Elenco de Uma Vida de Inseto: Rui Luís Brás (Flik); João Lagarto (Hopper); Luís Mascarenhas (Francis); Rui Paulo (Slim);  Leonor Alcácer (Atta); Margarida Rosa Rodrigues (Rosie); Jorge Sequerra (Sr. Solo); Carmen Santos (Cigana; Dr. Flora); Irene Cruz (Rainha); Canto e Castro (Manny); Paulo Oom (Heimlich; Tuck); Fernando Luís (P.T. Pulga); José Jorge Duarte (Molt); Paulo Gomes (Dim); Peter Michael (Roll); Pedro Pinheiro (Cornelius); Carlos Vieira de Almeida (Thorny).

O filme FormigaZ não teve versão portuguesa.

Obrigado pelos canais Culturas Insanas e Projeto Corneta pela recolha da informação.



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Uma Poltrona para Três - Heteronímia de Jerry Lewis


Uma Poltrona para Três é um filme de comédia de 1966, realizado, produzido e protagonizado por Jerry Lewis.

Neste filme, Jerry interpreta um artista que deseja ir a Paris com a sua noiva. Mas esta é psicanalista e tem de tratar de três pacientes com problemas especiais de caráter sentimental. Para poder então realizar a viagem e adiantar o tratamento, Jerry Lewis assume a figura de um homem ideal perante cada uma das pacientes, apresentando resultados surpreendentes.

Desde pequeno que gostei muito dos filmes do Jerry Lewis. No entanto, o últimos que vi não tiveram tanta graça quanto os primeiros. Vi então este e o Jerry Pescador de Águas Turvas, que por curiosidade, tem cenas em Lisboa, assim como o Jerry em Londres. Quis partilhar este por apresentar um caso digno de heteronímia, bastante bem mais interessante do que o que todos conhecemos. Digamos que, como um leitor frequente, já tive muitas deceções literárias e não esperem tê-las aqui espelhadas.


O Reino do Sol - A versão Inicial de Pacha e o Imperador

 



Pacha e o Imperador é a trigésima nona longa-metragem de animação produzida pela Walt Disney Animation Studios. É o meu filme preferido da Disney e o primeiro filme que vi na vida, juntamente com Toy Story 2. Conta a história de Kuzco, um imperador arrogante que é transformado num lama pela sua conselheira Yzma e tenta encontrar maneira de conseguir voltar à forma humana com a ajuda de Pacha, um camponês de uma aldeia vizinha. 

Este filme foi lançado no ano do meu nascimento, 2000. No entanto, apesar de boa receção, o filme apenas conseguiu faturar 169,6 milhões de dólares num orçamento de 100 milhões de dólares. Para entender tudo isto vamos ao contexto.

No ano de 1995, a Pixar, na altura parceira apenas da Disney, lançou o seu primeiro filme, Toy Story. Este filme foi a primeira longa-metragem em animação computadorizada. Em 1999, terminava o renascimento da Disney. A Disney entrava então na fase da experimentação, conhecida também pela segunda era sombria. Neste período, grande parte dos filmes em animação tradicionais lançados foram fracassos financeiros devido à ascendência da popularidade da animação 3D. A Disney tentou também tentou se lançar no mercado do 3D mas sem tanto sucesso quanto a Pixar, que mais tarde também seria adquirida pela gigante das animações.

Mas o que torna este filme da Disney tão curioso? 

Pacha e o Imperador teve uma das histórias de produção mais conturbadas da história da empresa.

Originalmente o filme seria uma história completamente diferente, seria realizado por outra pessoa e ia ter outro nome, ia se chamar The Empire of the Sun, que em português se chamaria O Império do Sol. 

Originalmente o realizador seria Roger Allers que tinha acabado de realizar a animação mais lucrativa da Disney até então, o Rei Leão e o filme se passaria no Império Inca, para manter a tendência de contar história que se passam em culturas diferentes da dos Estados Unidos, como em Mulan e Pocahontas. 

Então, Allers decidiu fazer uma adaptação do conto O Príncipe e o Pobre, de Mark Twain. Nesta versão inicial, Kuzco e Pacha trocariam de vida. O Pacha tinha a idade do Kuzco e teria a voz do ator Owen Wilson, mas no fim acabou por ter a voz do ator John Goodman. O Kuzco não seria não diferente na ideia inicial, a única diferença é que o seu nome era Manco, mas que foi alterado após a equipa descobrir que "omanco" em japonês significa uma palavra calão para algo inapropriado.

O Pacha foi o personagem que sofreu mais alterações. Originalmente teria mais protagonismo e seria um adorador do sol. Alguns versoes das músicas da versão descartada do personagem faziam referências ao sol, mostrando que assim como os filmes do Renascimento, este filme seria originalmente também um musical. Exemplo de uma música descartada:

Um dia ele irá amar-me

Um dia ele dirá eu amo-te

Esta música seria um dueto entre o Pacha e uma personagem que foi descartada, a Nina. Originalmente era para ser a noiva do Kuzco que se apaixonaria pelo Pacha quando eles trocam de vida. A trilha foi composta pelo Sting e teria oito músicas, mas acabou só com uma, o tema do imperador que toca só com uma que toca na abertura, além da canção original, My Funny Friend and Me, que toca nos créditos e foi nomeada para os óscares.

Como habitual nos filmes da Disney, a melhor música é a do vilão. No caso deste filme, a canção da vilã era quando esta contava o seu plano para fazer uma poção para a juventude eterna, mas precisava de um ingrediente muito difícil de conseguir, o sol. 

Apaga o Sol

Reclama o teu direito

Para um mundo de escuridão

A Yzma originalmente ia roubar o Sol e ia ter a ajuda do Hucua, um talismã que fala. Acabou também por ser descartado e por dar origem ao personagem Kronk que se tornou o alívio cómico do filme.




Roger Allers, que acabava de sair do sucesso O Rei Leão, tinha uma visão incomum das animações e principalmente deste projeto. Tencionava fazer um filme grandioso e com classe, como os filmes do renascimento. No entanto, o filme apresentava ser mais sério e pretensioso do que a Disney estava a planear.

Para contornar este problema, a Disney colocou o colaborador Mark Dindal para co-realizar o filme e este acabou por deduzir que O Reino do Sol tinha bastante potencial para falhar. Os primeiros testes do filme foram um fracasso, os executivos da Disney tinham acabado por perder a confiança em Allers, além de que os dois realizadores tinham propostas completamente opostas do filme. Enquanto Allers queria um filme mais sério, Dindal queria um filme mais cómico.

A data aproximava-se e o filme estava atrasado, então Allers pediu para a Disney estender o prazo de entrega, tendo sido recusado. Allers demitiu-se e a produção ficou suspensa durante seis meses. Dindal assumi a realização e concebeu uma nova ideia e deu-lhe um novo título, Pacha e o Imperador. A Disney chegou até em hesitar em abandonar o projeto, mas já tinham sido gastos vinte e cinco milhões de dólares. 

No final, Pacha e o Imperador estreou. O resultado ficou bom, mas mostrou que a Disney já apresentava alguns problemas internos na altura da produção.

Obrigado ao Omeleteve pela recolha da informação.

Como fã deste filme desde os dois anos deve dizer que a dobragem em português está bastante superior ao original. Parabéns a todos.

Vozes: Peter Michael (Kuzco); Fernando Luís (Pacha); Natália Luíza (Yzma); João Craveiro Reis (Kronk); Luísa Salgueiro (Chicha). 



domingo, 14 de fevereiro de 2021

O Rato que salvou a Disney

 



Quando Walt Disney fundou a Disney disse que tudo começou com um rato. Contudo, quem havia de dizer que seria com um rato que a empresa seria salva.

Vamos então explicar o contexto:

Depois de ter lançado vários sucessos (e passado pela guerra, também), em 1966, Walt Disney faleceu as 64 anos. Com esta perda, o estúdio teve vários problemas internos, que resultou numa queda de qualidade na escrita e na produção dos filmes seguintes. Chegava ao fim a Era de Prata e começava a Era de Bronze. Neste período, o estúdio fez filmes não tão bem sucedidos quanto nos anos anteriores. Um dos filmes produzidos foi Taran e o Caldeirão Mágico, adaptado da série de livros de Lloyd Alexander. Este filme, pela sua temática obscura e por ter sido lançado no mesmo ano que o filme dos Ursinhos Carinhosos, trouxe um prejuízo de mais de vinte milhões de dólares para o estúdio, que foi forçado a adiantar a estreia do seu novo projeto: Rato Basílio, Grande Mestre dos Detetives. Este filme, adaptado também de uma série de livros conhecidos, estimado num orçamento de catorze milhões de dólares, conseguiu faturar mais de trinta e oito milhões de dólares. Esta receita conseguiu fazer a Disney reerguer-se novamente e voltar à produção de novos filmes musicais, tendo lançado filmes conhecidos por todos, A Pequena Sereia, A Bela e o Monstro, Aladdin, e vários outros, dando início ao renascimento.

Porque razão este filme não é tão conhecido?

A própria Disney, com certeza, não tem vontade de divulgar, pelas mesmas razões que o filme anterior a este não é muitas vezes relançado. A empresa tenta evitar ao máximo que períodos como este se repitam, como se veio a verificar mais tarde, nos anos 2000, mas isso é outra história.

Dado este contexto, o filme infelizmente não teve uma versão portuguesa, uma vez que não era tão relevante, como outros da mesma altura. Contudo, está disponível no Disney+ e recomendo vivamente a ver, quem nunca viu um dos filmes mais importantes da história da gigante das animações. Recomendo também o vídeo do canal Imaginago sobre o filme, publicado no início de 2021.

Porque razão partilho este filme?

Este filme foi provavelmente o único filme de animação que o meu irmão viu no cinema quando era pequeno. Também uma amiga da minha irmã adora este filme e recentemente voltou a ver pouco tempo depois do lançamento da plataforma de streaming da Disney no país.

Curiosidades sobre o filme.

Um dos animadores do filme, Phil Nibbelink, foi também realizador de outro filme com um rato protagonista, Um Conto Americano 2: Fievel no Oeste, da Amblimation.

É possível ver um brinquedo do personagem Dumbo numa cena em uma loja de brinquedos.

O filme foi lançado originalmente com a curta "Clock Cleaners", de 1937.

Foi o último filme de animação da Disney com o nome Walt Disney Productions antes de ser rebatizado como Walt Disney Feature Animation.

Foi também o primeiro filme da Disney com o nome The Walt Disney Company.

Foi a estreia na realização  de John Musker e Ron Clements respectivamente, que mais tarde seriam responsáveis por A Pequena Sereia, Hércules e inúmeros outros filmes.




terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Os Aristogatos - O primeiro filme animado com jazz


 Os Aristogatos é o vigésimo clássico do canone da Disney, lançado em 1970 com realização de Wolfgang Reitherman. Situado em Paris, em 1910, conta a história de uma família de gatos que herda uma fortuna de uma senhora milionária excêntrica. Após o mordomo drogar os gatos e os abandonar na floresta, os gatos terão de encontrar o caminho de volta para casa, com a ajuda de um gato vadio chamado Thomas O'Malley.

O filme estreou em Portugal com a versão brasileira a 17 de dezembro de 1971. Após o arranque da dobragem de filmes de animação em 1994, Os Aristogatos foi relançado numa edição especial, em 2008, com uma versão portuguesa, com as vozes de Diogo Morgado (Thomas O'Malley), Isabel Ribas (Duquesa), João Lagarto (Edgar Balthazar), André Maia (Roquefort), Rui Cerejo (Toulouse), Vasco Lourenço (Berlioz), Joana Dinis (Marie), Pedro Malagueta (Gato Rufia), Carlos Macedo (Napoleão), Rui Paulo (Lafayette), Pedro Pinheiro (Georges Hautecourte), Elsa Galvão (Madame de Bonfamille) e Sónia Neves (Frou-Frou).

Este relançamento dos filmes da Disney em edições especiais com versões portuguesas e material de bónus tinha como objetivo eliminar a abundância de versões brasileiras provenientes do tempo que não se realizava a dobragem em português europeu de longas-metragens, apenas séries animadas e  anúncios publicitários. O último clássico da Disney a ser relançado com uma versão portuguesa foi o Fantasia em janeiro de 2011 e o primeiro foi A Dama e o Vagabundo em junho de 1997.

Eu desde pequeno eu vejo e revejo até hoje este filme, tendo-o visto várias vezes quando era criança. Gosto principalmente da homenagem que faz aos "cats", os músicos de jazz dos tempos primordiais, pois desde pequeno que ouço jazz. 

Curiosidades sobre o filme

O filme foi realmente inspirado numa história verídica de uma família de gatos parisienses que por volta de 1910 herdou a fortuna de uma casa.

Originalmente, o líder da banda de jazz iria ter a voz da lenda Louis Armstrong, uma vez que foi baseado nele. Contudo, uma vez que o cantor se encontrava idoso e doente, acabou por ser o ator Scatman Crothers a ficar com o papel.

Foi o último filme clássico da Disney a ser aprovado por Walt Disney e o primeiro filme do estúdio a ser completamente terminado depois da sua morte.

É também considerado o primeiro filme da Era de Bronze da Disney, conhecida por ser um dos períodos mais doloridos e sombrios do estúdio.

Originalmente, uma sequela direta para vídeo estava programada para ser lançada em 2007. Contudo, após John Lasseter se tornar chefe executivo da Disney em 2006, acabou por ser cancelada. Esboços estão disponíveis em storyboard e em vídeo.





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Os Tempos Modernos - Um clássico obrigatório

 

Os Tempos Modernos é um filme de 1936 realizado por Charlie Chaplin.  Conta a história de um empregado de uma fábrica e a sua luta por uma vida melhor. Este filme aborda temas como o desemprego, taylorismo e fordismo. O filme também explora famílias sem mãe, movimentos sociais e prisões constantes. Estes temas era abundantes na época, pois tinha acabado de ocorrer a crise de 1929 e a evolução tecnológica, vindo a começar a Segunda Guerra Mundial, anos mais tarde. Este filme também trouxe algo inédito: Charlie Chaplin não acreditava na possibilidade do cinema sonoro. Como solução, introduziu uma cena onde o seu personagem icónico, Charlot, canta uma canção numa língua que não existe. Também os diálogos foram sempre através de gravações, ecrãs ou rádios, nunca diretamente. Charlie Chaplin era bastante crítico com os problemas do mundo, tendo então realizado esta produção que se tornou uma obrigação para os amantes de história e sociologia.

Vi este filme umas cinco vezes e tenho a sensação de ter visto muitas mais vezes, pois compreendi rapidamente a sua importância histórica, uma vez que sempre gostei de assuntos históricos. No entanto, hoje em dia vejo-os com outro olhar.

Recomendo vivamente o filme, é uma aprendizagem e ao mesmo tempo entretenimento garantido.